Sobre esta Oficina


 



Performar a palavra poética


Corporizar a palavra poética, performar nossa voz, coreografar nosso grito, dançar nossa esperança. Nesta oficina proponho percorrer e aprofundar com Cristina Castro, um caminho que passa por lugares visitados em oficinas anteriores como "Entre o não-dito e o não-dançado" (2019) e a "Oficina do silêncio" (2020). Com a parceria de Cristina Castro iremos aprofundar diversas estratégias performáticas para abordar o texto poético e experimentar suas potencialidades. Buscaremos mergulhar nas experiências rítmicas, melódicas, simbólicas e sensoriais dos textos para construir partituras de movimentos, esboços coreográficos e situações dramáticas. As metáforas: buraco, fronteira, cinzas e magma desenvolvidas nas oficinas anteriores abrirão nosso caminho em direção aos não-ditos do texto e do/a interprete. Alguns de nossos encontros dos dias sábado acontecerão em lugares abertos da Cidade marcados pela presença de paisagens naturais e seus elementos. Desta forma, poesia e performance invadirão praias e parques de Salvador buscando uma interação e integração com as possibilidades, os elementos e as subjetividades destes grandes cenários.




Alguns momentos da oficina


  • Leitura e primeiras interpretações dos textos (primeiro poema).
  • Esboço de um "lugar de performance" do/a interprete.
  • Pesquisa e experimentações sobre a textura sonora e musical dos textos.
  • Elaboração de uma paleta sensível para abordar o universo de cada poema.
  • "Danças singulares": performando as sensaçoes e os silencios de cada paleta.
  • Experimentações entorno do não-dito do texto e do interprete. Quatro metáforas para abordar o não-dito como não-dito: fronteira, magma, buraco, cinzas.
  • Construção de uma partitura ou coreografia do "segundo poema".
  • Casamentos entre os primeiros (o texto) e segundos poemas (sua dança).
  • Amostra e autoavaliação do processo












Encontros 1 e 2:

  • Alongamento, aquecimento.
  • Perguntas sobre poéticas pessoais.
  • Carta sobre o não-dito.
  • Exercício com trilha sonora.
  • Leitura em voz alta.

Encontros 3 e 4:

  • Alongamento, aquecimento.
  • Leitura dos poemas Desobjeto, Tempo, Fontes e Manoel por Manoel do livro  Memórias inventadas de Manoel de Barros
  • Exercício performático sobre memórias inventadas. 
  • Exercícios na praia Gamboa: rituais inventados de despedida, agradecimento e de dar e receber.
  • Declamação de poemas escolhidos.
  • Exercício com sabores e cheiros: se a boca e e o nariz fossem orelhas...

Encontro 5 e 6:

  • Alongamento, aquecimento.
  • Recuperação do repertorio criado ao longo dos primeiros encontros.
  • Trabalho com as metáforas do não-dito.
  • Avaliação do processo.
  • Casamentos entre o primeiro (texto) e segundo poema (coreografia).

Encontro 7 e 8:

  • Alongamento, aquecimento.
  • Composições individuais, grupais e coletivas a partir dos resultados dos casamentos.
  • "Coletânea" na praia: performando os poemas com público.
  • Avaliação da oficina.

06/02/22: Participação na Mostra coletiva das oficinas do Vila Verão


Seleção de música contemporânea para a oficina: acesse aqui.
Trilhas sonoras para exercícios da oficina: acesse aqui.